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Sobre a Seção de Engenharia Cartográfica (DE/6)


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Autor: CEL QEM/CART José Carlos Penna Vasconcellos



     A primeira escola de formação de Engenheiros Geógrafos Militares foi a Academia Real Militar, criada por Carta Régia do Príncipe Regente D.João VI, de 04 de dezembro de 1810. e que se originou da transformação da Real Academia de Artilharia, Fortificação e Dezenho, criada por Da.Maria I, em 17 de dezembro de 1792. Pelo Regulamento da Academia Real Militar, em 8(oito)anos, os alunos deveriam realizar:

     "Um curso regular de Ciências Exatas e de Observações, assim como de todos aqueles que são aplicações das mesmas aos estudos militares e práticos que formam hábeis. Oficiais de Artilharia, Engenharia e ainda Oficiais da classe de Engenheiros Geógrafos e topógrafos, que possam também ter o útil emprego de dirigir objetos administrativos de minas, de caminhos, portos, canais, pontes e calçadas".

     Durante o Império, a Academia Real Militar foi atingida por diversas reformas do ensino militar e de engenharia, tornando-se o embrião de escolas algumas das quais perduram até hoje.

     Com a proclamação da República, logo nos primeiros meses, foram criadas a Escola Superior de Guerra e a Escola Astronômica e de Engenharia Geográfica,em 1890.

     Em 1898, foi criada a Escola do Militar do Brasil, onde foram reunidos os cursos de estado-maior, engenharia, artilharia e de geógrafos.

     Em 1905, o Decreto nº 1.348, de 12 de julho, dá nova organização ao ensino militar, criando a Escola de Artilharia e Engenharia, onde eram feitos os cursos de engenharia e armamento; e a Escola de Estado-Maior, onde eram feitos os cursos de estado-maior e de geógrafos.

     Em 1914, o Decreto nº 10.832, de 28 de março, faz uma nova reforma no ensino militar, mantendo a formação de Engenheiros Geógrafos na Escola de Estado-Maior.

     Em 1930, o Decreto nº 19.299, de 05 de junho, cria o Instituto Geográfico Militar, com sede na Fotaleza da Conceição (Rio de Janeiro) e subordinado ao Serviço Geográfico Militar, tendo, em 1931, formado sua primeira turma de Engenheiros Geógrafos, constituída de 14 Oficiais do Exército e 1 Oficial da Marinha.

     Em 1940, o Instituto Geográfico Militar passou a chamar-se Escola de Geógrafos do Exército.

     Em 1941, o Decreto-Lei nº 3.055, de 14 de fevereiro, extingue a Escola de Geógrafos do Exército, incorporando-a à Escola Técnica do Exército (Praia Vermelha), com a designação de "Curso de Geodésia e Topografia", passando assim, a formação dos Engenheiros Geógrafos, a ser feita em conjunto com as demais especialidades de engenharia.

     Em 1960, a Escola Técnica do Exército funde-se com o Instituto Militar de Tecnologia, e passa a chamar-se de Instituto Militar de Engenharia, mantendo-se o "Curso de Geodésia e Topografia" com a mesma designação.

     Em 1980, o "Curso de Geodésia e Topografia" passa a ser denominado de Curso de Engenharia Cartográfica, conforme publicado no BI nº 06, de 22 de agosto de 1980 do Centro Tecnológico do Exécito e transcrito no BI nº 162, de 02 de setembro de 1980 do Instituto Militar de Engenharia, assim permanecendo até hoje, formando Engenheiros Cartógrafos capacitados ao Exército das atividades desenvolvidas pela Diretoria de Serviço Geográfico, no cumprimento das missões que lhe são atribuídas, mantendo as tradições de suas Escolas antepassadas.

     A formação do Engenheiro Cartógrafo é caracterizada por aspecto dinâmico em relação a uma constante atualização, devido ao avanço tecnológico e modernização de equipamentos e técnicas aplicadas. Este dinamismo intende-se também a nível de pós-graduação, por meio de aprofundamento de estudos e pesquisas em áreas afins, que vêm dar suporte às necessidades da Engenharia Cartográfica.